A pessoa de Jesus: Filho amado do Pai

Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria. Nasceu em Belém, na Judéia. Aquele que estava eternamente com o Pai entrou em nossa história, revestiu-se de nossa humanidade, assumiu um rosto, um coração e um nome humanos.

Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Uma única pessoa em duas naturezas, sem divisão. Ele veio para nos salvar. Seu nome em hebraico, Ieshua, significa Deus salva. Salvação é a realização plena do ser humano que acolhe a vida divina.

No início da sua vida pública, Jesus foi batizado por João Batista, no rio Jordão; foi ungido pelo Espírito Santo, e o Pai o proclamou seu Filho amado. Chegava à plenitude com Jesus o tempo da graça, e iniciava-se um novo relacionamento de Deus com a humanidade. Jesus viveu, em tudo, voltado para o Pai. Como Filho realizou a vontade do Pai e proclamou seu Reino.

Depois de batizado, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto e ali foi tentado durante quarenta dias. Vencendo a luta interior, Jesus abriu para a humanidade a possibilidade de vencer o mal, reafirmando sua fidelidade a Deus. Como por um só homem o pecado entrou no mundo, também por um só homem, Jesus Cristo, a graça foi espalhada sobre toda a humanidade (cf. Rm 5, 12). O pecado original, través do qual a morte entrou no mundo destruindo a inocência do coração humano, deixando comprometida sua integridade, trouxe ao mundo a morte e a perda da amizade com Deus.

O pecado original, presente desde a origem humana (cf. CIC. 390), retrato de sua condição frágil e estreita, embora aberta e convidada à santidade, continua a gerar muitas e variadas formas de males em nosso tempo. Só a graça de Deus rompe com o domínio do pecado. Em Cristo, a vida é, novamente, proposta, e seu desdobramento na vida dos cristãos os impele a se fortalecerem na oposição aos males e ao pecado.

Jesus chamou alguns discípulos para segui-lo e, dentre eles, escolheu os doze, os quais chamou apóstolos, para que ficassem com ele e, no tempo oportuno, fossem enviados para pregar o Evangelho do Reino de Deus. O termo apóstolo significa enviado.

Os escolhidos aceitaram formar com Jesus uma comunidade. Não foram chamados para aprender uma tradição religiosa ou uma filosofia, mas para entrar em comunhão com a pessoa de Jesus e participar da missão e do destino de Jesus. O mesmo convite feito aos doze apóstolos se repete hoje a todos nós, através da Igreja.