Fátima 2017: Cardeal que “revelou” terceira parte do segredo sublinha dimensão de “esperança” nas Aparições

Nossa Senhora de Fátima2O cardeal Angelo Sodano, que em maio de 2000 foi responsável pela divulgação da terceira parte do chamado “segredo” de Fátima, sublinhou hoje em Roma a dimensão de “esperança” nas Aparições da Cova da Iria.

“Há uma mensagem de esperança que chega até nós da celebração do centenário das aparições de Maria Santíssima em Fátima. Numerosas e graves podem ser as provações da vida e as tragédias do mundo, mas maior ainda é o amor de Deus por nós”, escreve o antigo secretário de Estado do Vaticano, numa intervenção divulgada pelo jornal ‘L’Osservatore Romano’, na sua edição de 16 de março, já disponível na internet.

D. Angelo Sodano refere que, do Santuário de Fátima, a Virgem Maria deixa uma mensagem de confiança na força divina.

O decano do Colégio Cardinalício interveio esta tarde num evento na Embaixada de Portugal junto de Santa Sé, em Roma, numa conferência sobre a mensagem de Fátima, tendo em vista a visita do Papa Francisco à Cova da Iria (12-13 de maio) por ocasião do Centenário das Aparições.

A iniciativa conta com a presença do bispo da Diocese de Leiria-Fátima. D. António Marto.

O cardeal Sodano deixa votos de o centenário das aparições marianas de 1917, na Cova da Iria, ajudem a “refletir sobre o significado para a Igreja e para o mundo deste acontecimento extraordinário”.

“A memória dos acontecimentos de Fátima pode fazer-nos compreender melhor a presença providencial de Deus noas acontecimentos humanos”, sustenta.

O cardeal italiano recorda o “grande conforto” que recebeu da Mensagem de Fátima perante as “dolorosas” situações da II Guerra Mundial, quando era jovem.

“Parecia-nos já então que a mensagem de Fátima era não só um convite à conversão e à oração mas também um convite à esperança, recordando-nos a contínua presença de Deus no meio de nós, mesmo nas horas mais trágicas da história”, escreve.

D. Angelo Sodano, que em 1988 foi chamado para colaborar com o Papa João Paulo II, no Vaticano, evoca a “profunda devoção mariana” do Papa polaco e dos seus sucessores, Bento XVI e Francisco, que vai visitar o “belo Santuário de Fátima” para “prestar homenagem à Mãe de Cristo”.

O decano do Colégio Cardinalício cita o cardeal-patriarca D. Manuel Gonçalves Cerejeira, o qual afirmava que “não foi a Igreja que impôs Fátima”, e também D. António Marto, numa reflexão sobre “graça e misericórdia” como síntese de mensagem de Fátima.

A 13 de maio de 2000, o cardeal Angelo Sodano, então secretário de Estado do Vaticano, anunciava em Fátima a terceira parte do Segredo: “É uma Via Sacra sem fim, guiada pelos Papas do século XX”.

Na sequência do atentado de 13 de maio de 1981, no Vaticano, o Papa João Paulo II atribuiu a “uma mão materna” o facto de ter sobrevivido.

Fonte: Agência Ecclesia