Fiéis lotaram o Santuário da Imaculada Conceição da Mãe de Deus para acompanhar a reinauguração da Capela das Relíquias de Irmã Dulce

A tarde desta quarta-feira (18) foi marcada por muita emoção em Salvador. Inúmeros devotos, das mais diferentes paróquias e regiões da capital baiana, se dirigiram até o Santuário da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Largo de Roma, para acompanhar a cerimônia de reinauguração da Capela das Relíquias de Irmã Dulce, presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. A partir de agora, os fiéis poderão ver e tocar a urna de vidro onde estão depositados os restos mortais da futura santa.

Durante a cerimônia, Dom Murilo agradeceu aos postuladores da Causa de Canonização, Paolo Vilotta e padre Paolo Lombardi, e também à Maria Rita Lopes Pontes, que é sobrinha da futura santa e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). O Arcebispo destacou, ainda, pontos da vida de santidade de Irmã Dulce. “Meus irmãos, minhas irmãs, estamos aqui por causa de alguém que se consumiu como uma vela para que outros tivessem saúde, pão, bem-estar e amor. Foi um grão de trigo que morreu para si mesmo e é por isso que produz, ainda hoje, tantos frutos: de santidade, de dedicação, de carinho. Jesus disse que quem O ama vai estar onde Ele está, e Irmã Dulce sempre colocou isso: estar onde Jesus mais precisava da presença dela”, afirmou o Arcebispo.

Após a reabertura da capela, uma religiosa da Congregação a qual Irmã Dulce pertencia foi convidada por Dom Murilo a acender uma vela. Em seguida, o Arcebispo abençoou a urna onde estão as relíquias, entre elas o anel utilizado pela futura santa. “Neste túmulo vão repousar os seus restos mortais até raiar o dia Glorioso do Senhor”, disse Dom Murilo.

Logo nos primeiros minutos após ser reaberta, a capela ficou lotada. A fila formada pelos fiéis ultrapassava os limites do santuário. Embora a imagem que pode ser visualizada seja uma efígie de Irmã Dulce, feita em terracota – espécie de argila utilizada na reprodução de corpos de santos -, é importante ressaltar que, de fato, os restos mortais da freira baiana estão ali, na urna de vidro, embaixo da imagem. “A partir de agora nós criamos toda uma proximidade das relíquias com as pessoas. Tiramos a pedra de mármore que se tinha e que tornava o povo mais distante, fizemos esta efígie que é esse corpo semelhante ao dela, e as relíquias se encontram debaixo desse túmulo. As pessoas podem vir, rezar, tocar, abraçar e beijar, poque é uma estrutura forte de vidro”.

Para a devota Maria de Fátima Santos, este foi um momento histórico que poucas pessoas puderam vivenciar. “Eu estou aqui emocionadíssima. Para mim, Irmã Dulce sempre foi santa, mas agora ela será oficialmente reconhecida. Estar neste santuário, saber que ela pisou aqui, trabalhou aqui e ajudou tanta gente, inclusive a mim, é uma graça e uma honra muito grandes. Hoje eu não tenho nem palavras para descrever a emoção que eu estou sentindo”, afirmou a devota Maria de Fátima Santos.

De acordo com a sobrinha de Irmã Dulce, Maria Rita, a cerimônia de hoje foi um dos momentos mais emocionantes desde o sepultamento da tia, no ano de 1992, na Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição da Praia. “Eu tenho certeza de que vai aumentar a devoção das pessoas. A gente espera que faça bem e que ela inspire muita gente a fazer o bem e o amor”, disse.

Visitação

A Capela das Relíquias, localizada no Santuário da Imaculada Conceição da Mãe de Deus (Avenida Dendezeiros do Bonfim, Largo de Roma), pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h30; e aos sábados e domingos, das 7h30 às 18h.

Por: Sara Gomes