Sacerdotes para sempre: dois novos padres foram ordenados neste sábado (13)

A Catedral Basílica do Salvador, localizada no Terreiro de Jesus, ficou lotada na manhã deste sábado (13) durante a celebração da Ordenação Presbiteral dos jovens Ailan Tadeu Benvindo Mata e Jonathan de Jesus da Silva. Pelas mãos do Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, eles receberam o segundo grau do Sacramento da Ordem, conferindo-lhes o sacerdócio. A Missa foi concelebrada pelos bispos auxiliares da Arquidiocese de Salvador, Dom Estevam dos Santos Silva Filho, Dom Marco Eugênio Galrão e Dom Hélio Pereira dos Santos.

Durante a Celebração Eucarística, as lágrimas que escorriam pelos rostos dos ordenandos mostravam a alegria e a emoção de vivenciarem a concretização do chamado de Deus para a vocação sacerdotal. Emocionados, felizes e ansiosos estavam também os familiares e amigos, vindos das mais diversas paróquias, de modo especial das paróquias de origem de Ailan e de Jonathan: Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Salinas da Margarida) e Paróquia Santíssima Virgem Maria de Nazaré (Cajazeiras).

A primeira parte do rito da Ordenação Presbiteral consiste na apresentação dos candidatos ao sacerdócio, feita, neste caso, pelo reitor do Seminário Central São João Maria Vianney, padre Gil Peixinho. Em seguida, Dom Murilo dirigiu-se ao povo e aos eleitos. “Simão, filho de João, tu me amas? Simão, filho de João, tu me amas? Depois de cada uma dessas respostas, Jesus deu a Pedro a mesma ordem: ‘apascenta as minhas ovelhas’. Aprendemos assim que é necessário nós, presbíteros, voltarmos continuamente às raízes do nosso sacerdócio. Esta raiz, verdadeiramente, é uma só: Jesus Cristo, o enviado do Pai, o Sumo e Eterno Sacerdote. É isto que nesta manhã eu digo a cada um dos dois ordenandos, Ailan e Jonathan: apascenta as minhas ovelhas”, disse Dom Murilo.

Após a homilia, os candidatos ao sacerdócio se apresentaram diante do Arcebispo e reafirmaram o propósito de viver conforme a própria vocação, prometendo-lhe cooperação, oração, fidelidade e zelo pela unidade na Palavra, na ação e na liturgia, características do tríplice múnus de ensinar, governar e santificar. Em seguida, prostraram-se no chão em sinal de entrega total da vida a Deus. Enquanto isso, os fiéis entoaram a Ladainha de Todos os Santos rogando a Deus, a Virgem Maria e aos santos que intercedam pelos recém-ordenados.

Os jovens receberam a imposição das mãos do Arcebispo, dos bispos e dos padres que, em silêncio, rogaram a Deus pelos neo-sacerdotes. Terminada a Prece de Ordenação, foram retiradas as vestes de diáconos e os novos padres foram revestidos com a estola sacerdotal (faixa colocada no ombro formando duas linhas horizontais) e a casula, como um sinal de acolhida no presbitério e na comunidade cristã, agora como sacerdotes.

Seguindo o rito próprio da Ordenação Presbiteral, a Arcebispo ungiu as mãos de cada um e envolveu-as com uma faixa branca. Os familiares de cada recém-ordenado desamarraram suas mãos e as beijaram. Os bispos e os padres presentes também beijaram as mãos dos novos padres.

“O ministério presbiteral é um ministério de conforto e de consolo. Num mundo tão amargurado, tão ferido, um mundo onde as pessoas sofrem tanto, e não por vontade de Deus; nesse mundo, vai recordar-nos o profeta Isaías: ‘o Espírito do Senhor Deus enviou-me para curar as feridas da alma, para anunciar a liberdade para os que estão presos; para consolar todos os que choram. Sim, nós sacerdotes temos uma graça que nunca entenderemos, que é o privilégio de participar de perto da missão de Cristo. Ao seu lado, vocês encontrarão irmão sacerdotes, alguns com mais experiência, outros ordenados recentemente, mas todos desejosos de fazer o melhor pelo Reino de Deus”, afirmou Dom Murilo.

Fotos: Sara Gomes e Daniela Andrade