Sexta-Feira Santa: Centenas de fiéis participaram da Liturgia da Paixão

IMG_3999A Sexta-Feira Santa é marcada pela memória da paixão e morte de Jesus. É um dia de jejum e abstinência de carne e os fiéis são convidados a meditarem o sacrifício que Jesus realizou pela salvação da humanidade. Em Salvador, centenas de fiéis participaram da Liturgia da Paixão presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Kriger, scj. A celebração é dividida em três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e a Comunhão Eucarística.

Em sua homilia, Dom Murilo refletiu sobre o amor de Deus pela humanidade. “Deus nos ama e isso basta. O seu amor é gratuito. Deus nos amou antes da criação do mundo, como relata o início da Carta de São Paulo aos Efésios.  A História da Salvação é a história desse amor de Deus por nós”, afirmou. Após a homilia, o Arcebispo rezou a Oração Universal, preces pelo Papa, pela Igreja, pelos que sofrem, por aqueles que creem em Deus e também pelos que não creem.IMG_4044

Sob o refrão “Eis o lenho da cruz da qual pendeu a salvação do mundo. Vinde adoremos”, a cruz foi entronizada solenemente e os fiéis tiveram a oportunidade de reverenciar o Cristo crucificado.  Ao final da celebração, as imagens do Senhor Morto e de Nossa Senhora das Dores foram conduzidas em procissão pelas ruas do Centro Histórico.

Em frente a Catedral Basílica, Dom Murilo proferiu o Sermão das Sete Palavras. “Cada pessoa tem uma cruz. Homem ou mulher, quer tenha vivido no século II ou no século XX, todos nós carregamos uma cruz. Mas, de que é feita a sua cruz? Do sofrimento que Deus lhe manda? Como é errado dizer que quando sofremos é porque Deus quis assim! Nosso Deus é o Deus da alegria, do amor, não quer nos ver sofrendo. Se Deus é bom como vai condenar alguém? Deus respeita as nossas decisões e somos nós que decidimos se queremos viver com Deus ou longe dele. A nossa cruz é feita das nossas limitações humanas que temos, das escolhas erras que fazemos. Também é feita dos erros e pecados dos outros. Tem pessoas que também sofrem por causa dos nossos erros. Em si, a cruz não tem valor nenhum. Nossa cruz tem valor porque Jesus assumiu as nossas dores. A cruz de Cristo é do tamanho de todas as nossas cruzes. Nossa cruz é pesada quando esquecemos do amor misericordioso de Jesus por nós”, ponderou.

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Fotos: André Machado