Apresentação de Dom Giovanni Crippa, IMC

Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Apresentação de Dom Giovanni Crippa
Catedral Basílica, 30.06.12
Textos Bíblicos: Ef 4,1-13; Mc 16,15-20

1. “Então os discípulos foram anunciar a Boa Nova por toda a parte”. Aquilo que aconteceu
logo após a morte, a ressurreição e a ascensão do Senhor Jesus, em relação aos
apóstolos, acontece em nossos tempos. Giovanni Crippa, filho da Itália, membro do
Instituto Missionário Consolata, ouviu o apelo: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa
Nova a toda criatura”, e veio para o Brasil. Queria fazer aqui o que havia feito em seu
país. Veio, pois, “Para edificar o corpo de Cristo”.

2. Em sua ordenação episcopal, no dia 13 de maio último, vimos o resultado de sua
presença evangelizadora na Diocese de Feira de Santana: muitos amigos, agradecidos,
testemunharam o quanto estavam felizes por terem conhecido e se enriquecido com
esse missionário amigo. Lá estavam para rezar por seu Pároco, Professor, Orientador,
Amigo.

3. Hoje, somos nós que o acolhemos na Catedral Basílica da Arquidiocese para a qual o
Papa Bento XVI o destinou: Arquidiocese de São Salvador da Bahia.

4. Gostaria de lhe fazer uma apresentação desta Arquidiocese, Dom Giovanni. Confesso-lhe
que seria temerário. Estou aqui há apenas um ano e três meses. Sei, pois, que dentre os
sacerdotes que aqui estão, dentre os diáconos, as religiosas e religiosas, os seminaristas,
dentre os leigos e leigas desta Arquidiocese, haveria muitos que teriam muito mais
condições do que eu de lhe apresentar esta Arquidiocese Primaz.

5. Meu projeto, por isso, é mais modesto. Vou lhe apresentar alguns lugares desta
Arquidiocese que julgo particularmente expressivos, para que o caro irmão passe a lhes
dar uma atenção especial e, assim, pouco a pouco, entre no coração desta realidade e
deste povo.

6. O primeiro lugar que lhe apresento é esta Catedral. Seu nome: “Basílica Catedral
Metropolitana Transfiguração do Senhor”. Era uma igreja dos jesuítas. Não preciso lhe
falar da importância de uma Catedral na vida de uma Diocese. Chamo sua atenção, sim,
para alguns túmulos que aqui estão. São de irmãos bispos que aqui trabalharam. Eles
representam vários outros, que não estão sepultados aqui. Eles tiveram em comum um
grande amor a Jesus Cristo e uma grande paixão pela Igreja, além de terem deixado um
exemplo edificante de fidelidade à fé e às suas responsabilidades. Todos nós podemos
aprender muito com eles.

7. O segundo lugar que lhe apresento: o Santuário do Senhor do Bonfim, também Basílica.
Naquele Santuário se confundem fé e tradição, religiosidade popular e catequese, oração
e emoção. Você vai se sentir bem lá; vai gostar de rezar com aquele povo que é de
muitas paróquias, de muitas cidades, de várias dioceses. Como o Santuário é do Senhor
do Bonfim, é o Santuário de todos.

8. O terceiro lugar: a Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia. Com esse título,
e por causa da devoção que ali começou, ela é a Padroeira da Bahia. O Santuário é
muito bonito; a devoção mariana do povo que ali acorre, é mais bonita ainda. Você vai
perceber que aquela Basílica é uma extensão da casa de Maria em Nazaré – portanto,
um lugar que é fonte de bênçãos e onde os filhos que Jesus confiou à sua Mãe sentem-se
bem acolhidos.

9. O quarto lugar: a Bahia de Todos os Santos. Será difícil passar um dia sem que você a
contemple. Parecerá que, embora seja sempre a mesma, a Bahia de Todos os Santos
cada dia é outra; cada dia ela nos apresenta novas cores e novos aspectos de suas
maravilhas. Fosse poeta, você teria motivos mil para compor hinos ao Criador de tanta
beleza.

10. O quinto lugar: o Recôncavo. Nos municípios que circundam a Bahia de Todos os Santos
se misturam o verde da vegetação com a abundância das frutas; as expressões da
religiosidade popular com as tradições das festas, a bondade do povo com a beleza das
igrejas e de suas imagens. Como a partir de novembro deste ano o caro irmão irá residir
em Cruz das Almas, daqui a um ano quem poderá nos descrever o Recôncavo será o
próprio…

11. E um sexto lugar: a Ilha de Itaparica. Ora você pensará que é uma Ilha que fica muito
perto, mesmo porque a verá com frequência; ora descobrirá que precisará se programar
para visitá-la e nela cumprir um compromisso, dado tempo necessário para a travessia.
Lá você encontrará um povo que parece ter todo o tempo do mundo, pois não precisa se
programar para ver lugares bonitos. Ele vive permanentemente num lugar belíssimo.

12.Poderia lhe apresentar outros lugares. Deixo-os de lado para lhe dizer que o que
esta terra tem de melhor: o seu povo. É um povo alegre, hospitaleiro, cordial. Por
toda a parte, vão lhe deixar logo à vontade. Vão lhe pedir sua bênção, vão desejar
cumprimentá-lo, vão a toda hora bater palmas de alegria. E o jeito que o povo daqui tem
para fazê-lo sentir-se em casa. Tenha certeza, também, de que prestarão muita atenção
à sua palavra, a seus ensinamentos, às suas observações, ainda mais sabendo que o caro
irmão veio aqui “Para edificar o corpo de Cristo”.

13. Para mim, responsável primeiro por esta Igreja Particular, sua vinda é motivo de grande
conforto. Sei que poderei contar com mais um irmão na divisão de responsabilidades
e serviços. Saiba que Dom Gregório e Dom Gílson o consideram “velho” amigo desde
o momento em que foi anunciada sua vinda. Nós três sabemos que poderemos contar
com seu testemunho de amor a Jesus Cristo, com seu amor à Mãe de Jesus, com sua
sabedoria e experiência.

14. Obrigado por ter dado um “sim” ao convite do Papa Bento XVI. Aproveito a presença de
Dom Itamar Vian, Arcebispo de Feira de Santana, aproveito a presença de “ovelhinhas”
de sua Arquidiocese, para lhes dizer que a presença de Dom Giovanni em nosso meio é,
também, a presença de vocês. Deus os abençoe por terem colaborado na preparação

daquele que seria, um dia, nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Salvador da
Bahia.

15. Na alegria, ofereçamos, nesta Eucaristia, nosso irmão Dom Giovanni Crippa ao SENHOR.