Salvador sedia Assembleia Geral do Regional Nordeste 3

Arcebispos, bispos, padres, coordenadores de Pastoral, leigos e religiosos das Arquidioceses e das Dioceses da Bahia e de Sergipe participam da 57ª Assembleia do Regional Nordeste 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Regional NE3). O encontro, que teve início no dia 26 e segue até o dia 29 de agosto, acontece no Centro de Treinamento de Líderes, em Itapuã, e tem como tema central “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”.

Ao longo destes dias, os participantes avaliam a caminhada 2016-2019 e planejam as ações para o próximo quadriênio (2020-2023). “A Assembleia tem este objetivo de olhar um pouco para o passado. Ontem (26), nós fizemos uma avaliação das última diretrizes, de como nós conseguimos trazer para a prática da pastoral ou da vida da gente os desafios, como nós conseguimos alcançar. E agora com as novas diretrizes, nós estamos olhando para a frente. Nós vamos trazer estas diretrizes aqui para a realidade das 26 dioceses e de muita gente que faz acontecer o Regional”, afirmou Dom Vitor Agnaldo Menezes, secretário geral do Regional.

No primeiro dia do evento, uma missa foi presidida pelo bispo da Diocese de Camaçari, Dom João Carlos Petrini. Em seguida, os participantes deram início aos trabalhos. Já no segundo dia, a missa celebrada pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, marcou o começo das atividades. A primeira conferência do dia foi uma Análise de Conjuntura conduzida pelo membro da equipe CPP/CPT do São Francisco, Roberto Malvezzi (Gogó).

De acordo com o Arcebispo da Arquidiocese de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino de Castro, a Assembleia é um momento forte de reflexão, de aprofundamento e de retomar a identidade do Regional, tendo presentes as DGAE e o objetivo geral e bem forte é evangelizar. “Essa Assembleia nos faz aprofundar essa  dinâmica, ter presente a nossa realidade, a concretude da nossa vida, a realidade do nosso povo, para dar uma palavra de maneira significativa que toque, de fato, as pessoas. No primeiro momento nós tivemos essa Análise de Conjuntura à luz do Sínodo da Amazônia, que não é apenas para aquela região, mas diz respeito a todo o Brasil, a todo o mundo, a toda a Igreja”, afirmou.

Para o Arcebispo da Arquidiocese de Aracaju, Dom João José da Costa, a Assembleia é um momento importante de comunhão, de reflexão, de aprofundamento. “Aqui está sendo um momento muito importante, estamos olhando para a realidade do nosso Brasil, do nosso  mundo sob a conjuntura sócio-política-econômica, que foi uma análise feita nesta manhã, mas também olhar para a realidade nossa eclesial, daí a importância das DGAE,que foi aprovada justamente neste ano de 2019 tendo em vista quatro anos que nós temos para colocá-la em prática. Assim, a partir destes quatro pilares [Pão, Palavra, Caridade e Ação Missionária], procurar colocar em prática, olhando para o chão das nossas Igrejas Particulares. Nós olhamos para a Igreja, que está presente no mundo. Não podemos ignorar a realidade social, mas devemos anunciar a Jesus Cristo, a Boa Nova de Jesus que é fruto dos frutos do Evangelho neste chão que pisamos”, afirmou.

Ainda na manhã do segundo dia, o bispo da Diocese de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, Dom Gilson Andrade da Silva, abordou o tema central. “As diretrizes são sempre grandes orientações que se oferecem numa perspectiva sinodal e colegial, mas depois essas diretrizes devem passar para os planos pastorais e aí encontrar caminhos e estratégias concretas para a aplicação dessas diretrizes. Elas precisarão inspirar os planejamentos de todas as instâncias eclesiais, que precisam encontrar sua inspiração e também o seu modo de trabalhar”, disse Dom Gilson.

Fotos: Sara Gomes