Neste sábado, dia 17 de julho, os seminaristas Deivisson Conceição Batista e Rafael de Freitas Pereira darão mais um passo rumo ao sacerdócio e receberão, pelas mãos do Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, o diaconato. A Celebração Eucarística terá início às 9h, no Santuário Santa Dulce dos Pobres, em Salvador, e contará com transmissão, em tempo real, pelos seguintes canais: youtube.com/arquidiocesedesalvador; youtube.com/obrasirmadulce; Instagram: @santuariosantadulce e pela Rádio Excelsior da Bahia (AM 840).
Para falar sobre este momento tão importante na vida desta Igreja Particular e para os jovens seminaristas, o Setor de Comunicação da Arquidiocese entrevistou Deivisson e Rafael. Confira:
Setor de Comunicação – Como o chamado para o sacerdócio foi despertado nas vidas de vocês?
Deivisson Batista – O marco da minha vocação se dá no meu ingresso, de maneira concreta, na Igreja, a partir de um retiro que aconteceu nos dias 6, 7 e 8 de julho, chamado Nova Vida. Neste retiro, eu tive uma experiência com o amor de Deus. Foi então que eu fui me firmando na vida de fé da comunidade e comecei a participar de vários grupos, como grupo de jovens, liturgia, enfim, passei a ser muito ativo. Vendo essa realidade, eu comecei a perceber a minha caminhada no serviço à Igreja, mas, ao mesmo tempo, eu não me sentia realizado. Foi então que comecei a olhar os exemplos de dois sacerdotes, que foram o padre Cícero, meu antigo pároco, e, até 2013, o padre Jailson. Foram esses dois modelos de sacerdotes que fizeram despertar em mim a pergunta: ‘por que não eu?’. Eu vi que aquela inquietação interior que eu sentia, de estar servindo à Igreja, servindo às pastorais, mostrava que Deus pedia mais de mim; pedia que eu desse mais a Ele. Foi quando eu me permiti procurar o meu pároco e iniciar os encontros vocacionais, para discernir se a minha vocação era o sacerdócio.
Rafael Pereira – Percebi os sinais do chamado de Deus em minha vida ainda na infância. Quando criança, vi pela primeira vez um sacerdote presidindo a Santa Missa. Em casa, nas brincadeiras infantis, ficava tentando repetir os gestos daquele padre, que não lembro o nome, mas que ficou para sempre em meu coração. Fui crescendo e o desejo me acompanhando, até que aos 17 anos decidi, por incentivo do padre Jailson de Jesus, ajudar no Serviço de Animação Vocacional da Arquidiocese. Aos 19 anos ingressei no seminário com o desejo ardente de fazer a vontade de Deus.
Setor de Comunicação – Como foi a entrada no seminário?
Deivisson Batista – Eu entrei no seminário em 13 de fevereiro de 2013, levado pela minha mãe, que hoje me acompanha do céu, pela minha irmã, meu cunhado e o meu sobrinho. Foi um momento de muita alegria e de um certo temor, afinal o “novo” sempre, de alguma forma, nos assusta, pois não sabemos como se dará. Mas, uma coisa eu levava no meu coração desde o início, algo que Deus tinha me dito, também, nas minhas orações pessoais, me recordando aquela passagem de que Ele estaria comigo todos os dias dessa minha experiência no seminário. Então, ingressar no seminário foi, para mim, uma grande alegria; alegria esta que, graças a Deus, nestes 8 anos, eu pude conservar. Busquei deixar que a minha marca no seminário fosse a da alegria, porque um cristão consagrado, como diz o Papa Francisco, deve sempre levar no seu coração a alegria de estar doando a própria vida para Deus.
Rafael Pereira – Entrei no seminário no dia 16 de fevereiro de 2013, após ter ofertado tudo: meu emprego, meus sonhos, minha família. Mas, com o coração livre e gratuito, confiei que o Senhor iria, com a Sua Providência, me acompanhar.
Setor de Comunicação – Qual a expectativa para a Ordenação Diaconal?
Deivisson Batista – Eu estou muito feliz, muito feliz! Repito, assim, se possível: muito feliz! Eu olho para a minha vida, para a minha juventude hoje, com 29 anos, e posso dizer que eu sou um jovem realizado por ter escutado o chamado de Deus. Sabendo que neste sábado, dia 17, eu vou receber a Ordenação Diaconal, eu vou me configurar ao Cristo Servo, afinal um diácono é aquele que serve, que está à serviço. Eu quero me configurar, ainda mais, a Ele para realmente ser um pastor segundo o coração de Deus. Então, a minha expectativa é de continuar a responder a Deus com duas palavras que a Igreja merece: amor e fidelidade.
Rafael Pereira – Chego a esse momento com o coração cheio de alegria, na certeza de que encontrei o “Meu Tudo”. Mais uma vez, darei o meu SIM na expectativa de configurar-me ao Cristo operário à serviço da Igreja.
Setor de Comunicação – Que mensagem você pode deixar para os jovens que sentem, no coração, o chamado para o sacerdócio?
Deivisson Batista – Digo para todos os jovens, de maneira particular, mas também para todos aqueles que sentem no coração o desejo de consagrar a vida para Deus: Jesus é aquele que dá sentido às nossas vidas. Eu costumo sempre dizer que Deus quando chama alguém, Ele cuida das pequenas às grandes necessidades. Então, não tenham medo de dar a vida à Jesus. Quando Deus, de fato, nos chama, é possível ser feliz, por que Deus nos criou para isto: para amar e ser feliz. Então, os jovens que sentem essa inquietação no coração: busquem os seus párocos ou alguém que possa ajudá-los nesse caminho vocacional. Eu digo para vocês: vale a pena dar a vida para Deus! Deus cuida das nossas vidas, e saber que somos cuidados deve nos levar a ter essa coragem. Sejam corajosos, confiando na graça de Deus, que sustenta as nossas fraquezas.
Rafael Pereira – A partir da minha experiência nesta caminhada rumo ao sacerdócio, posso dizer a todos os jovens e outros que sentem no coração o chamado de Deus: o SIM que damos a Deus dará sentido a toda a nossa vida. Vale a pena cada segundo doado à messe do Senhor e esse é o sentido de nossa vida.



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