Arcebispos metropolitanos receberão pálio das mãos do Papa Francisco

Palio_papa 270x270O arcebispo de Curitiba (PR), dom José Antônio Peruzzo, é o único brasileiro entre os 46 arcebispos que receberão o pálio das mãos do Papa Francisco, na tradicional missa presidida pelo pontífice na Basílica Vaticana, por ocasião da solenidade dos santos Pedro e Paulo.

A data é recordada pela Igreja na segunda-feira, 29. A cerimônia será transmitida ao vivo, com comentários em português, pela Rádio Vaticano, a partir das 4h25 no horário de Brasília.

Mudança

A pedido de Francisco, o rito tradicional do pálio terá uma mudança este ano. Por meio de carta enviada em janeiro, o mestre das celebrações pontifícias, monsenhor Guido Marini, informou que a partir de agora a faixa de lã branca será apenas entregue pelo papa, ao invés de colocada. A imposição do Pálio será realizada pelas mãos dos núncios apostólicos locais, nas respectivas dioceses.

Monsenhor Marini explicou que a intenção da mudança é dar maior evidência à relação dos bispos metropolitanos com suas Igrejas locais e, assim, também possibilitar que mais fiéis estejam presentes neste rito tão significativo. “Os bispos das dioceses sufragâneas, deste modo, poderão participar do momento da imposição. Neste sentido, mantém-se todo o significado da celebração de 29 de junho, que sublinha a relação de comunhão e também de comunhão hierárquica entre o papa e os novos arcebispos; ao mesmo tempo, a isto se acrescenta, com um gesto significativo, esta ligação com a Igreja local”, reforçou.

O Pálio

O pálio é símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e na sua comunhão com a Sé Apostólica. Nos primeiros séculos do Cristianismo, seu uso era exclusivo dos papas. A partir do século VI, passou a ser usado também pelos arcebispos metropolitanos, tradição que perdura até hoje.

O pálio é elaborado com lã branca, possui cerca de 5 centímetros de largura e dois apêndices, um na frente e outro nas costas. Possui também seis cruzes bordadas em lã preta. É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, utilizando a lã de dois cordeiros que são oferecidos ao papa no dia 21 de janeiro de cada ano, na Solenidade de Santa Inês.

CNBB com informações da Rádio Vaticano