A celebração de Santa Dulce dos Pobres, neste dia 13 de agosto, ocorre pela primeira vez após a sua canonização. Uma vez canonizada, toda a Igreja é convidada a celebrar a memória litúrgica de Santa Dulce dos Pobres, recorrendo à sua intercessão e procurando seguir os exemplos que ela nos deixou. Irmã Dulce, que já era conhecida como “o anjo bom da Bahia”, vai se tornando, sempre mais, o “anjo bom do Brasil”, especialmente nesse tempo difícil de pandemia. Com ela, temos muito a aprender sobre como viver a santidade, de modo especial, por meio do serviço da caridade com os doentes, os pobres e fragilizados. Inspirados no seu exemplo, queremos amar e servir a todos, particularmente aos que mais sofrem.
A nossa querida Irmã Dulce é “santa” cujo testemunho nos estimula a viver a santidade nas condições concretas de nosso tempo. Santa Dulce, tendo vivido e sido canonizada em nosso tempo, recorda-nos que santidade não é coisa do passado, mas está presente na Igreja, hoje. Ela é sinal e recordação de que é possível ser santo no mundo de hoje, pela graça de Deus, na Igreja e com a Igreja.
É a “santa dos pobres”, conforme o nome definido pela Igreja ao declará-la santa, reconhecendo o sentir dos fiéis que encontravam nela uma mãe, irmã e anjo protetor. Ela nos ensina a amar e a servir, com especial dedicação, os pobres, sem jamais desanimar diante da falta de recursos, incompreensões ou limitações físicas. O seu testemunho de caridade torna-se ainda mais relevante neste tempo difícil, com tantos enfermos pela pandemia e com tantos que sofrem duramente as consequências econômicas devido a pandemia.
Celebremos a festa de Santa Dulce dos Pobres, neste dia 13 de agosto de 2020, com ação de graças a Deus, com a esperança ancorada na fé e com renovado empenho em viver a caridade!
Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de São Salvador da Bahia