Liturgia da Paixão foi acompanhada pelas redes sociais

Os últimos passos no caminho até o calvário, a crucificação e a morte de Jesus foram recordados nesta Sexta-feira Santa durante a Celebração da Paixão, este ano sem a presença dos fiéis devido à pandemia. Presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Estevam dos Santos Silva Filho, a Celebração aconteceu na Capela do Centro de Treinamento de Líderes (CTL), em Itapuã, e foi transmitida pelas redes sociais (Facebook e Instagram) e pela Rede Excelsior de Comunicação (AM 840 e FM 106.1).

Dividida em três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e Comunhão Eucarística, a memória da Paixão de Jesus é uma celebração marcada pelo silêncio e adoração ao Cristo crucificado. Neste dia, toda a Igreja faz uma prece a Deus pela humanidade para que seja mais justa e solidária. É importante recordar que este é o único dia no ano que não há Missa.

Durante a homilia, Dom Estevam falou sobre o grande amor de Deus que não deixa que os Seus filhos carreguem sozinhos as cruzes do dia a dia. “A cruz, meus irmãos, está presente na vida de toda a humanidade. Sempre, em todos os instantes deste imenso planeta, sempre há cruz. Jesus carregou uma cruz, fez dela um recomeço para a humanidade. Nós adoramos a cruz de Jesus não por quê gostamos de sofrer, mas porque aprendemos muito com a cruz. As nossas cruzes de cada dia nós não carregamos sozinhos”, disse.

Após a homilia, sob o refrão “Eis o lenho da cruz da qual pendeu a salvação do mundo. Vinde adoremos”, a cruz foi entronizada solenemente para que os fiéis que acompanhavam pelas redes sociais pudessem reverenciar o Cristo crucificado.  Em seguida, o pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Acupe de Brotas), padre Valter Ruy Cordeiro, rezou junto com Dom Estevam a Oração Universal, que este ano contou com uma nova intenção acrescentada pela Congregação do Culto Divino: “por aqueles que sofrem no tempo da pandemia”, isto é, “por todos que padecem as consequências” da crise atual, “para que Deus Pai conceda saúde aos doentes, força ao pessoal da saúde, conforto às famílias e salvação a todas as vítimas que faleceram”.

Dom Estevam também pediu para Deus voltar o olhar para todos aqueles que sofrem, e para conceder alívio aos doentes, força aos que se dedicam a cuidar de cada um deles. Pelos mortos, a súplica foi para que Deus os acolha em Sua Glória. A Oração Universal também pede pela Santa Igreja, pelo Papa, por todas as ordens e categorias de fiéis, pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos, pelos judeus, pelos que não creem em Cristo, pelos que não creem em Deus, pelos poderes públicos e por todos os que sofrem provações.

Fotos: Sara Gomes