Com alegria, padres, religiosos, religiosas e leigos participaram da Santa Missa, na manhã deste domingo, 26 de novembro – Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, Dia do Leigo e encerramento do Ano Vocacional, que na Arquidiocese de São Salvador da Bahia ganhou a dimensão da missão, passando a ser conhecido como Ano Vocacional Missionário. Na Catedral Basílica do Santíssimo Salvador, Igreja Mãe de todas as paróquias da Sé Primacial do país, a Celebração Eucarística foi presidida pelo Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha [clique aqui e confira mais fotos].

“Nós temos a alegria de celebrar hoje Cristo, Rei do Universo, em toda a nossa Igreja, mas aqui no Brasil temos o encerramento do Ano Vocacional e o Dia Nacional do Laicato. É motivo de graças a Deus ter celebrado e vivido o Ano Vocacional com esse tema tão belo e desafiador ‘Vocação: Graça e Missão’; e esse lema que nos convida a reavivar nossa vocação ‘Corações ardentes, pés a caminho’. E é assim que nós queremos concluir esse Ano Vocacional: com o coração renovado, isto é, com a nossa vocação, o nosso ‘sim’ a Deus renovado e, ao mesmo tempo, comprometidos, valorizando as vocações de nossa Igreja, procurando apoiar o Serviço Arquidiocesano de Animação Vocacional e, é claro, apoiar os vocacionados, seja para o Seminário, seja para a Vida Religiosa, seja para os ministérios leigos da nossa Igreja”, disse Dom Sergio.

O Cardeal também destacou a importância da vocação matrimonial e a família, além da missão que é assumida por cada um, nos diferentes estados de vida. “Nós necessitamos muito de casais e de famílias que sejam verdadeiramente cristãs. Nada melhor do que renovar o nosso compromisso missionário para poder homenagear Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, para poder prolongar o Ano Vocacional em nossa Igreja em todo o Brasil. Que Deus continue a abençoar todas as vocações, especialmente os fiéis leigos e leigas, para que possam ser sal da terra e luz do mundo. Que Deus abençoe a todos”, asseverou.

A Liturgia da Santa Missa foi organizada pelos membros do Serviço Arquidiocesano de Animação Vocacional (SAV) e a animação ficou sob a responsabilidade do coral do Seminário. Logo após a bênção final, os fiéis que estavam na Catedral acompanharam um vídeo sobre a caminhada realizada pelo SAV que, ao longo de 2023, desenvolveu inúmeras atividades, como congressos, exposições, momentos de formação e encontros para os animadores vocacionais, mas também para jovens e adultos que trilham o caminho do discernimento vocacional. “Este Ano Vocacional foi importante no sentido de a Arquidiocese de Salvador se conscientizar da necessidade de gerarmos uma cultura vocacional, para que assim possamos ser uma Igreja de vocacionados, ou seja: de pessoas comprometidas com a missão evangelizadora, com o serviço pastoral, para que, deste modo, cada vez mais os batizados sintam-se engajados, pertencentes e corresponsáveis pela Igreja”, afirmou o coordenador do SAV e reitor do Seminário São João Maria Vianney, cônego Alberto Montealegre.

O cônego Alberto sinalizou, ainda, que, durante esse Ano Vocacional Missionário, o SAV tentou implementar as propostas, sobretudo dos subsídios do Ano Vocacional, que justamente visavam a geração e a fomentação de uma cultura vocacional que partia de três pilares. “Primeiro, a conscientização do nosso povo de que todas as ações da Igreja têm um fim vocacional; segundo, a de que somos convidados a valorizar essa dimensão vocacional a partir da formação, seja a estruturação de grupos de animadores vocacionais nas nossas comunidades, mas também de pessoas que possam acompanhar as vocações e os jovens vocacionados a partir de um itinerário vocacional; terceiro, compreender a vocação não somente como graça, como dom de Deus, mas como missão”, afirmou, completando que “é preciso que saíamos de nós mesmos, que possamos, cada vez mais, perceber que nós não recebemos as graças de Deus e os benefícios espirituais que o Senhor nos dá por meio da Sua Igreja para apenas satisfazer as nossas necessidades espirituais mais imediatas; mas, somos chamados, justamente, para nos responsabilizarmos por esta graça, partilhando ela com os nosso irmãos, especialmente aqueles que estão afastados da Igreja, aqueles que não conhecem Jesus Cristo”, disse.

Em seguida, adolescentes do grupo de Perseverança da Paróquia Nossa Senhora da Paz, nop bairro da Paz, fizeram uma apresentação artística sobre o chamado de Deus e as diferentes vocações, encerrando com o hino do Ano Vocacional, que conclama todo o povo de Deus a ser uma Igreja em saída, como pede o Papa Francisco. “A dimensão vocacional se torna também uma dimensão missionária, dos nossos fiéis batizados, de cada vocacionado e de cada estado de vida dentro da nossa Igreja. Em resumo, o nosso Ano Vocacional nos ajuda justamente a perceber nessas três realidades os desafios que precisamos superar e enfrentar durante esse tempo de missão da nossa Arquidiocese, durante esse tempo de evangelização. Que o Ano Vocacional não se torne algo restrito a 2023, mas que a proposta possa continuar reverberando e, de certa forma, sendo intensificada durante os anos que virão, para que assim nos tornemos uma Igreja vocacionada e comprometida com aquilo que é proposta de vida e de ação renovadora e transformadora de Nosso Senhor Jesus Cristo no Seu Evangelho”, concluiu o cônego Alberto.

Em um gesto de agradecimento a Deus pela intercessão da Virgem Maria, foram ofertadas rosas à imagem de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira da Bahia e cuja Basílica a ela dedicada completa, em 8 de dezembro, 400 anos de criação.

Ainda como parte da programação de encerramento, na sacristia da Catedral, a exposição “Vocação: Graça e Missão” também apresenta, através de registros fotográficos, as atividades realizadas neste Ano Vocacional. A mostra fica disponível até o dia 2 de dezembro, no horário de funcionamento do templo para visitação: de segunda-feira a sábado, das 9h às 16h30.

Fotos: Sara Gomes