23ª edição do Grito dos Excluídos será no dia 7 de setembro

[Clique na imagem para ampliar]
“Por direito e democracia, a luta é todo dia!” Este é o lema escolhido para o Grito dos Excluídos 2017, que alcança a 23ª edição. O Grito acontecerá no dia 7 de setembro, durante o desfile em comemoração à Independência do Brasil. Os participantes se encontrarão às 8h, no Campo Grande, e juntos seguirão até a Praça Castro Alves.

O ato, que acontece em todo o país, é construído por comitês religiosos, movimentos populares, sindicatos e organizações civis. Neste ano, o Grito dos Excluídos terá como foco três eixos centrais: democracia, direito e luta. De acordo com os organizadores, os temas refletem os objetivos da manifestação: denunciar a estrutura agressiva e excludente da sociedade e a perda de direitos dos trabalhadores.

A preparação do grito, construída democraticamente, debate toda a preparação, roteiros e acolhe as diversas bandeiras. Movimentos, comunidades e organizações são essenciais para o fortalecimento, e, sobretudo, para se mostrar contra um sistema opressor e que promove tanta desigualdade. A Arquidiocese, através da ASA – Ação Social Arquidiocesana por intermédio da articulação das pastorais sociais apoiam totalmente a causa, assim como o Papa Francisco, que convoca toda a sociedade a refletir e lutar por mudanças reais dentro do sistema capitalista.

E para garantir a formação dos/das articuladores/as que estão à frente da organização do Grito, que a equipe de articulação da ASA vem realizando reuniões semanais com os diversos representantes das pastorais sociais, movimentos, entidades e sindicatos. O objetivo é realizar o estudo dos eixos formativos que interagem com o lema, além da organização e preparação do movimento, que acontece no dia 7 de setembro, em várias capitais do país.

Para o coordenador da articulação do Grito dos Excluídos na Arquidiocese de Salvador, padre José Carlos, a rua é o melhor lugar e no Grito é o momento de fortalecer ainda mais a luta, as várias formas de violência, denunciar o descaso do governo, a falta de direitos básicos, as perdas e toda violação vivenciadas nos últimos tempos. “Hoje, mais do que nunca, nós não podemos deixar morrer a esperança. Apesar do cenário de perdas e retrocessos, não podemos vacilar na fé, são nos momentos de trevas que a luz deve brilhar!”, disse.

Participam do evento as diversas pastorais sociais, paróquias, grupos, entidades e movimentos, como: Pastoral do Menor, Pastoral da Saúde, Pastoral do Povo de Rua, Pastoral da Juventude (PJ), Pastoral do Dízimo, Pastoral da Sobriedade, Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência (FCD), Escola Diaconal, paróquia São Francisco de Assis, paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, Projeto Consolação, Projeto Força Feminina, SINDAE, Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Comunidade Kolping – Boca do Rio, Associação das Comunidades Paroquiais de Mata Escura e Calabetão (ACOPAMEC), Assistência ao Bem-estar de Pessoas com Deficiência, Cáritas, Movimento Popular, SINDIPETRO, Sindicato das Domésticas, UMP- União de Moradia Popular, Jubileu Brasil Sul, CEDECA/Grupo para a Vida, APLB/CTB, CTB/BA, Movimento de Proteção dos Animais e Banda Santa Mistura.

O Grito

O Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu da necessidade de dar voz ao povo, às minorias e à população historicamente excluída pelo Estado, que opta por uma engrenagem de negociações financeiras que somente obedecem aos interesses dos que já têm: dos ricos, das empresas, dos bancos. Assim, os direitos à saúde, moradia, transporte, trabalho, informação e vida digna ficam comprometidos e aumenta a desigualdade social no país. Sendo assim, o Grito é um processo que não começa e nem termina no dia 7 de setembro. Ele é um espaço de articulação permanente para que movimentos sociais organizados se manifestem e cobrem direitos já assegurados em nossa Constituição Federal. (Fonte: Coordenação Nacional do Grito dos/ Excluídos/as).