Te Deum em comemoração ao Dois de Julho foi presidido por Dom Murilo

O Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, presidiu na manhã de hoje (1º) a celebração do Te Deum pelas comemorações da independência do Brasil na Bahia. A celebração aconteceu na igreja São Pedro dos Clérigos, localizada no Terreiro de Jesus, e contou com a presença de leigos, de religiosos e de autoridades civis e militares.

De acordo com Dom Murilo, o Te Deum e a comemoração pelo Dois de Julho ressaltam a importância da Bahia no processo de Independência do Brasil. “Reconhecemos que tudo vem de Deus e ao mesmo tempo olhamos para o passado. Facilmente nos esquecemos do passado e quem se esquece do passado não vive intensamente o presente e não constrói o futuro. Então nós olhamos para aquele Dois de julho de 1823 como símbolo de toda uma luta; é preciso tomarmos consciência de que hoje o país tem esse tamanho, essa riqueza cultural, graças ao esforço e a dedicação daqueles que nos antecederam”, afirmou.

Na ocasião, os fiéis ouviram a reflexão do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 2, 41-50, que fala sobre a perda e o encontro de Jesus no Templo. Durante a homilia, Dom Murilo lembrou que, a exemplo de Nossa Senhora, cada pessoa vive experiências inesquecíveis, assim como a que foi vivida em 1823. “Ela conservava no coração a experiência que estava vivendo porque não conseguia compreendê-la de forma total. Conservava no coração porque não queria perder aquilo que acabara de ver e ouvir; não queria que aquele momento e situação caíssem no esquecimento. Cada um de nós já passou, também, por experiências inesquecíveis. Como o tempo, percebemos que aquilo que foi vivido talvez até de forma muito simples tinha um significado e uma importância especiais”, disse Dom Murilo. [Clique aqui para conferir a homilia]

Após a homilia, o Santíssimo Sacramento foi exposto e o Coral do Bonfim deu início ao hino do Te Deum, em latim. Em seguida, os participantes receberam a bênção final. “A palavra Te Deum significa ‘A Ti, Deus’. No hino canta ‘A Ti, Deus, louvamos’, ‘A Ti, Deus, cantamos’. É um hino de ação de graças e tudo indica que tenha sido composto por Santo Agostinho e Santo Ambrósio, no século IV ou começo do século V. É para louvar ao Senhor pelos seus dons. Na Bahia nasceu essa tradição em vista da grande graça que a Bahia recebeu de consolidar a independência do Brasil”, afirmou Dom Murilo.

O historiador Luís Henrique Dias Tavares, acompanhado do filho Luís Guilherme Pontes Tavares, e a vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, também participam da celebração. “O Dois de Julho é, efetivamente a confirmação da Independência do Brasil ocorrida na Bahia meses depois do 7 de setembro de 1822. Esta vitória de 1823 é um exemplo para que nós prossigamos lutando para confirmar essa independência e essa determinação do povo da Bahia”, pontuou Luís Guilherme.

Texto: Sara Gomes

Fotos: Lílian Kastro