Viva Nosso Senhor do Bonfim!

EDITADAS03P (1)No dia 15 de janeiro, milhares de fiéis se reuniram na Colina Sagrada para celebrar o dia do Senhor Bom Jesus do Bonfim. Com o tema “Ao pé da cruz, Jesus, o Senhor do Bonfim, conduz-nos a Maria, porque não quer que caminhemos sem a proteção de uma mãe”, a festa do Bonfim chegou ao seu ponto alto com a Missa Solene que aconteceu às 10h, celebrada pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil Dom Murilo Krieger.

“A devoção ao senhor do Bonfim quase que se confunde com a história da Bahia, e embora a imagem tenha chegado quando a cidade tinha mais de 200 anos, Salvador ainda era uma cidade pequena e foi surgindo à sombra da Colina Sagrada. Daqui, sem duvidas, o Senhor derramou inúmeras graças que só Ele vai poder nos dizer quantas e quais”, disse o Arcebispo.

Para padre Edson, reitor da Basílica, a festa do Bonfim é um dos momentos de expressão mais forte da fé baiana. “O senhor do Bonfim atrai milhares e milhares de pessoas. A devoção ao senhor do Bonfim é uma das expressões da nossa fé, da devoção do povo baiano, mais forte, mais evidente. E hoje é o dia maior, o dia da sua festa, o dia que os baianos sobem a Colina Sagrada para venerar a sua imagem”, exclamou o padre.

Bênção ApostólicaBISPO 06 (1)

Esse ano, pela primeira vez, os devotos do Senhor do Bonfim, receberam a Bênção Apostólica ao final da Missa Solene, concedendo aos preparados, indulgência plenária.

A bênção apostólica é uma declaração da bênção de Deus sobre a vida daqueles que crêm n’Ele e que se manifesta através da Trindade (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo). Essa bênção é ministrada pelos Sacerdotes a aqueles que estão sob seu pastoreio.

É uma benção especial que tem sua origem no próprio Papa. Chama-se apostólica porque o Papa é bispo de uma Igreja apostólica, a Igreja de Roma, fundada sob Pedro. A esta benção está ligada uma indulgência plenária. A partir do século XVIII, o Papa Bento XIV concedeu aos bispos a faculdade de dar a benção apostólica.

Pode ser dada, também, em via extraordinária, para outras situações, tais como: o bispo, na própria diocese, por três vezes ao ano nas festas à sua escolha; os outros sacerdotes, mesmo se não sejam bispos, podem dar a benção apostólica, com a indulgência, três vezes por ano nos territórios onde exercem seu ministério, em festas à sua escolha e também pode ser dada no fim das missas em lugar da benção ordinária.

BISPO 03 (1)Dom Murilo escolheu três festas importantes no calendário Litúrgico para proferir sua benção apostólica: A Festa da Transfiguração do Senhor, realizada no dia 6 de agosto, a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora padroeira da Bahia, no dia 8 de dezembro, e na Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim, no segundo domingo após a Epifania do Senhor.

“O bispo na sua diocese, pode conceder indulgência plenária em três dias do ano. Eu achei mais do que justo que um desses dias fosse justamente na festa do Senhor do Bonfim. A pessoa que estiver com o coração arrependido, disposta a não mais pecar, a viver segundo o evangelho do Senhor, recebe esse perdão, não apenas do pecado, porque o pecado é a confissão que perdoa, mas da pena do pecado, aquela sobra, que fica pela nossa imperfeição, o nosso arrependimento. Então também há um motivo especial para valorizarmos mais a festa de hoje”, explicou Dom Murilo.

Procissão dos três pedidosEDITADAS30P (1)

Às 16h o Senhor do Bonfim encerrou seus festejos com a Procissão dos três pedidos, dos Mares à Colina Sagrada. Os fiéis se encontraram na Igreja Nossa Senhora dos Mares e seguiram até a Basílica do Bonfim, onde deram três voltas em torno da Basílica Santuário, fazendo três pedidos.

O encerramento aconteceu com as bênçãos do Santíssimo Sacramento e queima de fogos de artifício.

“Aqui no Bonfim a cada ano aumenta a participação das pessoas nas atividades. É claro, na procissão também aumentou. A cada ano aumenta o número de participantes e esse ano ‘bombou’!”, comemorou padre Edson ao final da procissão.

Texto: Rosa Brito/ Fotos: Gildo Lima