Arquidiocese de Salvador celebra Jubileu de Prata de Dom Gilson

Corpus Christi - Fotos Sara Gomes (35)É com alegria que a Arquidiocese de Salvador celebra, neste dia 4 de agosto, o Jubileu de Prata do bispo auxiliar, Dom Gilson Andrade da Silva. São 25 anos de total entrega a Deus. Para marcar a data haverá uma Missa Solene na paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no Imbuí, às 19h, presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. “Para mim é uma graça poder celebrar 25 anos de serviço à Igreja como padre, como sacerdote. É uma oportunidade que eu tenho de agradecer a Deus, sobretudo porque foi Ele quem me chamou para ser padre. Oportunidade também para rever essa história, esse tempo, esses 25 anos”, afirma Dom Gilson.

A vocação sacerdotal nasceu no coração de Dom Gilson quando ele tinha 16 anos e um amigo o convidou para conhecer o seminário, que é a casa de formação dos padres. Logo brotou o desejo de responder ao chamado que até então parecia estar ‘escondido’. Como os pais tiveram dificuldades em aceitar a decisão de Dom Gilson, de modo especial por ele ser ainda adolescente, ele precisou esperar completar 18 anos para dar passos mais firmes e seguros na vocação.

“Eu fui para o seminário com aquele desejo de entregar a minha vida a Deus. Eu via todas as possibilidades que existem no mundo: casar, trabalhar, ter uma profissão e percebia que essas coisas não preenchiam o meu coração. Mas que quando eu pensava em dar a minha vida a Deus como padre, isso sim preenchia o meu coração, assim como também pensava no serviço às pessoas”, revela.

De 1985 a 1987 Dom Gilson cursou Filosofia no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, no Rio de Janeiro. Em 1988 foi aluno do Colégio Eclesiástico Internacional Bidasoa, em Pamplona, na Espanha, onde fez bacharelado em Sagrada Teologia na Universidade de Navarra. Ao retornar da Espanha, em 1991, assumiu a vice-reitoria do seminário, onde também foi professor, até 1997 e depois de 1999 a 2004. Ainda na cidade de Petrópolis assumiu como vigário a paróquia de Sant’Ana e São Joaquim de 1991 a 1994.

No ano 2000 assumiu como professor o curso de Teologia e Filosofia na Universidade Católica de Petrópolis. Em 2004 tornou-se membro do Conselho Pastoral Diocesano e em 2005 membro da Equipe de Coordenação Diocesana do Plano Pastoral de Conjunto e da Missão Popular. Entre os anos de 2004 e 2005 Dom Gilson foi diretor do Instituto de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas na Universidade Católica de Petrópolis. Também no ano de 2004 foi reitor do Seminário Diocesano de Petrópolis e coordenador da Pastoral da Juventude da Diocese de Petrópolis.

Dom Gilson - Foto André Machado_edA partir de 2006 tornou-se membro do Colégio de Consultores e em 2008 presidente da Associação Mantenedora das Faculdades Católicas Petropolitanas (UCP).  “Uma coisa que eu vejo que é bonita na vida do padre é que os grandes acontecimentos da vida de um padre acontecem no silêncio do coração, no contato com as pessoas. E eu tive a oportunidade de acompanhar muitos sofrimentos e aos mesmo tempo de ajudar as pessoas a reencontrar um caminho de paz, um caminho de uma orientação nova na vida, isso para mim foi uma das coisas mais bonitas do ministério, é uma das coisas mais bonitas do ministério”, afirma.

Em 2011 Dom Gilson foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador. A Ordenação Episcopal aconteceu no dia 24 de setembro, em Petrópolis. A posse em Salvador aconteceu no dia 10 de outubro, na Catedral Basílica, localizada no Terreiro de Jesus. “Quando eu fui nomeado bispo, um seminarista fez a conta de quantos padres eu tinha trabalhado diretamente na formação. E eu me lembro que ele contou 52 padres. Uma alegria e também sofrimento, porque o seminário é um tempo de provação para quem está lá dentro fazendo a experiência de discernimento vocacional. Enfim, você acaba entrando na vida das pessoas como padre e vivendo os dramas delas. Isso para um padre é um conforto, mas é também um sofrimento, dividir com as pessoas os sofrimentos delas, mas sempre na expectativa da fé.