
Na manhã deste domingo (10), milhares de fiéis se reuniram no Largo das Basílica Santuário Senhor Bom Jesus do Bonfim para participar da Missa campal que marcou o encerramento das celebrações jubilares pelos 280 anos da chegada da imagem do Senhor Bom Jesus do Bonfim à Bahia.
A Eucaristia foi presidida pelo bispo da Diocese de Setúbal (Portugal), Cardeal Dom Américo Aguiar, e concelebrada pelo Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, pelo reitor da Basílica, cônego Edson Menezes e por outros sacerdotes do clero da Sé Primacial.
“A celebração de hoje convida-nos a viver como uma Irmandade Viva, unidos na fé, vigilantes na esperança, ativos na caridade. Tal como esta imagem que atravessou o Atlântico, também nós somos convidados a atravessar barreiras. E nós sabemos que, com Deus no nosso coração, tudo se concretizará. Precisamos ir ao encontro dos outros, levar Cristo, Cristo vivo, onde Ele ainda não foi acolhido. Damos graças a Deus por estes 280 anos, por este tesouro de fé que une Setúbal e São Salvador da Bahia, o Brasil e Portugal, a Igreja e o povo. Que esta Eucaristia nos fortaleça para vivermos como servos vigilantes e fiéis, e que possamos repetir, não só com palavras, mas com a vida: com Jesus tudo acaba em um bom fim”, afirmou o Cardeal Dom Américo.
O momento foi de profunda devoção, marcado por cânticos, orações e expressões de fé que reforçam a importância da imagem do Senhor do Bonfim como sinal de esperança e união para o povo baiano. Durante a Celebração, foi lembrada a história da devoção que, desde 1745, atrai peregrinos e mantém viva uma das mais fortes tradições religiosas do Brasil.
Com a Missa, chega ao fim a programação especial do Jubileu, que contou com momentos de oração, formação e manifestações culturais, reafirmando a fé e a identidade religiosa do povo de Salvador e de toda a Bahia.
“Quanta felicidade verdadeira nasce quando reconhecemos que somos escolhidos e amados por Deus, não por mérito nosso, mas por graça de Deus. Na Carta aos Hebreus, recordamos a fé de Abraão, que deixou a sua terra sem saber para onde ia, confiando apenas em Deus. Penso aqui, agora, de modo especial, no primeiro bispo do Brasil, vindo também de Setúbal. Dom Pedro Fernandes Sardinha, o primeiro bispo Primaz, o primeiro titular da sede da Bahia, veio também de Setúbal, com a mesma fé que moveu Abraão: com confiança nas promessas de Deus. O Evangelho recorda-nos que o nosso tesouro deve estar no céu. Jesus convida-nos à vigilância, a estarmos preparados, porque o Senhor virá. Esta imagem do Senhor do Bonfim, de braços abertos, é como um lembrete, uma lembrança constante. O tesouro da nossa vida é este amor que acolhe, que perdoa, que salva. Nesta Colina Sagrada, encontramos a Mansão da Misericórdia”, disse Dom Américo.
Fotos: Sara Gomes






































































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