Um dia para celebrar 100 anos de evangelização ao redor do mundo. É com esta certeza que o Movimento Apostólico de Schoenstatt se prepara para o centenário da Aliança de Amor, no dia 18 de outubro. Em diversas cidades e dioceses, os fiéis participam de programações intensas. Na Arquidiocese de Salvador, não é diferente: as comemorações que iniciaram em 2013 seguem com missa às 20h, no dia 17, e no dia festivo (18), acontece uma Celebração Eucarística, às 5h; alvorada às 7h; Ofício da Imaculada, às 8h; e Missa presidida pelo bispo da Diocese de Bonfim, Dom Francisco, às 9h.

A partir das 10h30 acontece um musical sobre a história de Schoenstatt. Às 13h os devotos de Mãe Rainha participam da adoração ao Santíssimo Sacramento, seguida da transmissão ao vivo da celebração que acontecerá em Schoenstatt, na Alemanha. Para encerrar as comemorações, o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, scj, preside a Missa solene às 16h.

Localizado na Estrada do Curralinho (Stiep), o Santuário Mãe Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt recebe, mensalmente, cerca de 1.500 pessoas. “As peregrinações vem das cidades onde existe a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt. É um sinal de gratidão visitar a Mãe em seu santuário e lhe retribuir a sua visita mensal. Então ao menos uma vez ao ano muitas famílias vêm ao Santuário de todos os cantos de Salvador e Sergipe e também de outros estados e países”, afirma a Irmã Mirian Rozana, do Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt.

Além das homenagens que acontecerão no dia em que o Movimento completará 100 anos, os soteropolitanos puderam, ao longo dos últimos meses, contemplar a exposição fotográfica Centenário da Aliança de Amor, que percorreu alguns espaços, como o Instituto Feminino da Bahia, no Politeama, e a Igreja Ascensão do Senhor, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

Membro da Liga Apostólica Feminina (Lafs/BA), Lúcia Muniz, afirma um compromisso, pela Aliança de Amor, de levar ao mundo a alegria de ser cristão, anunciar e professar a fé. “É extraordinário perceber que o bom Deus me concedeu a graça de fazer parte de uma imensa família que, espalhada pelos cinco continentes, tem uma vinculação única. Todos nós temos a mesma Mãe, Ela é a nossa Rainha e Educadora. Todos nós estamos estreitamente vinculados ao mesmo Santuário, ele é o nosso Lar. E, todos nós reconhecemos no Fundador a figura do Pai”, assevera.

Assim como ela, a dirigente da Liga Apostólica das Famílias de Schoenstatt, Luise Aleíne Oliveira, celebra com alegria o centenário do movimento. “Alegria, paz e muita felicidade por recebermos as graças do santuário: abrigo espiritual, transformação interior e fecundidade apostólica que muito tem contribuído para um crescimento espiritual”, afirma.

Um pouco de história

Fundado pelo padre Josef Kentenich, em Schoenstatt (Alemanha), no dia 18 de outubro de 1914, o Movimento Apostólico de Schoenstatt tem como firme propósito contribuir com a renovação religiosa e moral do mundo em Cristo, por meio da intercessão de Nossa Senhora.

A ideia do movimento nasceu a partir de uma capelinha que se encontrava abandonada em um antigo cemitério, lugar conhecido pelas peregrinações. Ao visitar o local junto com alguns seminaristas, padre Kentenich afirmou: “Não seria possível que a Capelinha de nossa Congregação se tornasse o nosso Tabor, no qual se manifestem as magnificências de Maria? (…). Todos que aqui chegarem para rezar, terão que experimentar as magnificências de Maria e aí confessar: Aqui é bom estar!”.

Ao longo dos anos, o movimento difundiu-se em mais de 110 países. Atualmente, existem mais de 200 centros de Schoenstatt, com o próprio santuário – cópia fiel do primeiro Santuário. O movimento acompanha e forma espiritualmente milhares de pessoas, especialmente através da Campanha da Mãe Peregrina, que teve início no Brasil em 1950, e leva aos lares brasileiros uma capelinha com a imagem da Mãe Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Por meio desta iniciativa, famílias inteiras entram em contato com uma pastoral missionária.

Texto publicado no jornal São Salvador – edição de outubro de 2014.

Fotos: arquivo do Movimento Apostólico de Schoenstatt, em Salvador.