Para celebrar os 30 anos da inauguração da Igreja de Santo Estêvão, pertencente à Quase-paróquia Espírito Santo, no bairro de Tancredo Neves, o padre Maurício Abel presidiu uma cerimônia em ação de graças no dia 22 de novembro.

A história da aquisição e construção da pequena igreja confunde-se com a vida do sacerdote que chegou ao Brasil na década de 1960. Ainda jovem, o padre percorreu aquele território que, à época, tinha o nome de Beiru.

Vendo duas casas numa rua, no local hoje denominado Alto das Palmeiras, notou que estavam à venda, atuou para que fossem adquiridas e ali superou diversos obstáculos visando a construção da Igreja, que se concluiu no dia 22 de novembro de 1985, portanto há 30 anos, tendo contado com presenças ilustres, dentre essas a do então Arcebispo Dom Avelar Brandão Vilela.

O terreno íngreme contou com dificuldades imensas para que a Igreja fosse ali edificada. O acesso dos materiais de construção deu-se pela margem superior da propriedade que fazia divisa com um centro de triagem de menores, portanto, muitas foram as recordações daqueles tempos que o padre Maurício Abel compartilhou com os presentes.

Além de trazer documentos históricos, a exemplo de mapas e do primeiro livro de tomos da igreja, o padre contou a história de Santo Estevão e ressaltou que o Espirito Santo de Deus esteve sempre presente nos vínculos daquela igreja, pois o Santo que homenageia era um homem culto e tinha o dom da palavra, portanto vencia facilmente os debates nos tempos do cristianismo nascente.

A sua notoriedade valeu-lhe a condição de ter sido um dos primeiros mártires dentre os cristãos. Morreu apedrejado, portanto as paredes da Igreja exibem um vermelho terra que lembra o seu sangue. “Os Atos dos Apóstolos traz várias passagens da vida e da importância de Santo Estevão para os primeiros cristãos”, disse o padre Maurício.

O padre ressaltou ainda que as devoções aos santos são importantes, mas nenhum deve ser alçado a um patamar mais alto do que a Santíssima Trindade que são o Pai, o filho Jesus e o Espirito Santo de Deus.

Numa atitude de reconhecimento aos vários paroquianos que se destacaram e foram gerados pela paróquia, o padre destacou três: Jean, Nilda e Lourival (in memoria), mas sempre frisando que todos da comunidade são dignos de merecimento por tudo o que têm feito nesses anos.

Dentre os três paroquianos assim distinguidos, disse que o mobilizador social e pedagogo Jean Costa Santos merece destaque, por realizar um belo trabalho com os jovens, despertando neles a vocação à musicalidade e aos assuntos da fé na catequese musical.

O padre Maurício foi efusivamente aplaudido pelos presentes, que lhe demonstraram enorme gratidão. Seguiram-se algumas falas dos convidados presentes, dentre eles Tiago Rolim, Márvia Vieira, Ana Cassiópia, Fest Gonzaga e Marlene Almeida, esses pertencentes à comunidade do Movimento dos Focolares de Salvador. Todos agradeceram o dom da presença do  padre Maurício e sua vida de extremada dedicação àquela comunidade.

Alguns dos jovens agradeceram a oportunidade de tomarem parte no trabalho educativo do ICIMA, associação conduzida por Jean Santos. Dentre esses, dois jovens evangélicos fizeram questão de demonstrar gratidão por serem também ali acolhidos, ao que o padre Maurício ressaltou que somos todos irmãos.

Ao final, houve um rico momento de comunhão, em que vários dos que auxiliam o padre em diversas obras sociais por ele conduzidas, a exemplo da Casa de Maria, estiveram sentados e dialogando sobre os trabalhos que pretendem desenvolver em favor da comunidade.

Concluiu este momento a focolarina Márvia Vieira, conduzindo uma oração em que pedia as bençãos do Pai para tudo o que poderá surgir das interações dos grupos que ali atuam e que dão prosseguimento a uma jornada de unidade, comunhão e fraternidade.

Texto e fotos: Tiago Rolim