Adultos, idosos e crianças em situação de rua ou em vulnerabilidade social que passaram próximo ao Santuário Santa Dulce dos Pobres, na capital baiana, tiveram uma manhã de domingo diferente. No estacionamento do templo, a Arquidiocese de Salvador, através da Ação Social Arquidiocesana (ASA), das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), das pastorais sociais e de diversos organismos, promoveu uma série de serviços para destacar o Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco.

“Esse dia marca aquilo que é a intenção do Papa Francisco, que é jogar luzes sobre esta realidade. Às vezes os pobres são esquecidos. Nem sempre eles são olhados, vistos. Então, a celebração do Dia Mundial dos Pobres quer ser essa oportunidade para que nós tomemos consciência sobre essa situação, que é de muita vulnerabilidade, de enfrentamento da pobreza e da miséria. O cuidado com o pobre precisa percorrer todas as ações da nossa Igreja e da sociedade. Celebrar esse dia faz com que enxerguemos essa realidade que deve clamar e fazer com que o nosso coração se sinta também solidário”, disse o bispo auxiliar, Dom Valter Magno de Carvalho.

As ações tiveram início às 7h, quando foi servido o café da manhã. Em seguida, diversos voluntários realizaram cortes de cabelo, barba e unhas, aferição da pressão arterial e verificação da glicemia. Para as mulheres houve, ainda, uma oficina de turbante. “Eu estou aqui muito feliz. É mais do que um dia deferente, é um dia cheio de alegria”, disse João dos Santos, enquanto fazia a primeira refeição do dia. Assim como ele, Maria das Graças Silva aproveitou a oportunidade. “Eu vim aqui e pude tomar café e ainda almoçar, sem falar na animação que está esse lugar”, afirmou se referindo à roda de samba realizada no espaço. Por volta das 10h teve início a Santa Missa, presidida por Dom Valter. Nesta Celebração Eucarística, a Pastoral Povo de Rua destacou o sofrimento de homens e mulheres que enfrentam a realidade das ruas [clique aqui para assistir a Celebração Eucarística].

O fortalecimento da opção preferencial pelos pobres é assumido pela Igreja e todos são chamados a abraçar e a dar esperança concreta a tantos indefesos e excluídos da sociedade. “Que este dia possa ser vivido todos os dias. Em nossas comunidades, em nossas paróquias, sempre tem aquela pessoa ou aquela família mais necessitada, mais excluída, que nós podemos trazer para dentro da comunidade e, em um dia como esse, desenvolver atividades com as pessoas que precisam não só do alimento, mas também da palavra, do amor, da misericórdia, do perdão, da escuta, da alegria. Então, esse é um convite que a Pastoral do Povo de Rua faz a toda a nossa Igreja e a toda a sociedade, para que possamos abrir os nossos braços e acolher todas as pessoas que precisam de atenção, de carinho e de amor”, disse a Irmã Gilcilene Ferreira, da Pastoral Povo de Rua.

Por toda a Arquidiocese de Salvador, inúmeras ações foram desenvolvidas ao longo do dia. Se a sua comunidade realizou alguma atividade, envie as fotos e uma breve descrição para: contato@arquidiocesesalvador.org.br

Fotos: Sara Gomes