
Nesta terça-feira (19), o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, presidiu a Missa em memória aos 301 anos da morte de madre Vitória da Madre Vitória da Encarnação, na igreja do Convento do Desterro. Durante a Celebração Eucarística, Dom Murilo lembrou as palavras de Santo Agostinho: ele dizia que, antes de conceber Jesus em seu corpo, Nossa Senhora o havia concebido no coração ao dizer “sim”.
De acordo com o arcebispo, Madre Vitória da Encarnação foi fruto de sua época, em que se valorizava muito a Paixão de Cristo. “Quem lê a obra do então arcebispo Dom Sebastião [Monteiro da Vide] sobre ela fica maravilhado com o seu sacrifício”, destacou o celebrante sobre a homenageada, que trilhou o seu caminho religioso no Convento do Desterro.
Nascida em Salvador no dia 6 de março de 1661, Madre Vitória da Encarnação era filha do capitão de Infantaria, Bartolomeu Nabo Correia e de Luísa Bixarxe. Admitida, aos 25 anos, na clausura das monjas clarissas – primeiro convento feminino do Brasil, fundado em 1677 – viveu de modo profundo e marcante as virtudes da pobreza, humildade, doação aos mais pobres, amor a Deus e ao próximo.
Madre Vitória da Encarnação tinha um especial amor à Paixão de Jesus Cristo, introduzindo na capital baiana a devoção ao Senhor Bom Jesus dos Passos. Aos 54 anos, em 19 de julho de 1715, madre Vitória morreu em uma das celas do Convento do Desterro.

Beatificação
Em agosto de 2015, Dom Murilo escreveu ao cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos no Vaticano, com o objetivo de iniciar o processo para a sua beatificação. Enquanto o arcebispo conduz as comunicações com a Santa Sé, os fieis se reúnem todos os meses, no dia 19, para rezar por estes esforços de reconhecimento de uma santidade que, para a comunidade onde viveu Madre Vitória da Encarnação, é inegável.
Fotos: Luana Assiz

















































por