Hemonúcleos do Brasil estão em alerta para manter os estoques de sangue

O Carnaval é uma época bem complicada para os hemocentros. Nesse período, as doações de sangue caem, pois muita gente viaja para aproveitar o feriadão. Em contrapartida, a demanda por bolsas de sangue aumenta por conta de um maior número de acidentes nas estradas.

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E é por isso, que no período que antecede a folia, os hemocentros e bancos de sangue realizam diversas campanhas para manter os estoques de sangue e atender às demandas por transfusões dos hospitais e serviços de urgência e emergência. A constatação que vem preocupando as autoridades de saúde dos principais hemocentros do país deixa em alerta também a Unidade de Coleta e Transfusão de Sangue (UCT) das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), que nos meses de dezembro e janeiro coletou abaixo do esperado. “Nossa demanda fica em torno de 680 bolsas por mês, mas não passamos de 550”, informa a médica Marília Sentges, líder da unidade.

De acordo com a líder da UCT, uma mudança nesse cenário só passa a ser observada em março. E é tentando mudar esse quadro, que a unidade já inicia sua campanha para intensificar as doações antes do Carnaval. “Nossa necessidade é constante, mas no período de grandes festas esta situação se agrava, por isso demanda uma ação mais focada na sensibilização para a doação”, diz Sentges. Doar sangue é um ato simples (veja pré-requisitos), que dura apenas cerca de uma hora. No entanto é um gesto de solidariedade imensurável. Basta dizer que cada doação pode salvar até quatro vidas, explica a líder da UCT. No hemonúcleo do Rio de Janeiro a preocupação não é diferente a diretora técnica do HemoRio, que fica na Rua Frei Caneca, no centro da cidade, Carla Boquimpani destaca que é importante fidelizar os doadores. “É importante à pessoa ser doadora frequente, já que, às vezes, ela vem atendendo a uma campanha e depois não vem mais. Mas estamos sempre precisando de doação e é importante que ela continue vindo”.