Manifestantes foram às ruas para “gritar” pela defesa da democracia

grito-dos-excluidos2Na sua 22ª edição, o Grito dos Excluídos e Excluídas reafirma-se como uma ação coletiva que possibilita a todas as pessoas, que são impactadas cotidianamente por injustiças e que lutam por uma sociedade mais justa e solidária, ocuparem ruas e praças para denunciarem as várias formas de desigualdades no país e apontando qual o real papel do Estado diante de tanta exclusão.

O ponto máximo do Grito ocorreu na última quarta-feira, 7 de setembro, em diversas partes do Brasil, mas articuladoras e articuladores de várias cidades do país realizaram momentos de reuniões e Pré-Gritos para garantir a formação da base, além de organizarem agendas e definirem trajetos e locais para as atividades. Na Bahia não foi diferente, pois desde maio de 2016, representantes de pastorais e diversos movimentos e organizações sociais se reuniram para etapas de formação (nacional, regional e local) sobre o lema do Grito: “Este sistema é insuportável: Exclui, degrada, mata!” e os eixos relacionados à temática: Unir os generosos e as generosas; Desmentir a mídia; Direitos Básicos e Função do Estado; As várias formas de violência; Participação política; a Rua é o lugar.

E no dia 7, no Centro de Salvador, representantes de movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes, religiosos e sociedade civil saíram do Campo Grande e seguiram em caminhada até a Praça Castro Alves protestando contra as diferentes formas de violação de direitos e exclusão e pela defesa da democracia com a reivindicação da saída de Michel Temer da presidência da República e realização de novas eleições gerais.

Em mais um ano, esse ato fortalece o processo de mobilização e de organização popular reivindicando a dignidade da pessoa humana e fazendo ecoar ainda mais forte o tema do Grito dos/as Excluídos/as 2016: “VIDA EM PRIMEIRO LUGAR”.

O Grito

O Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu da necessidade de dar voz ao povo, às minorias e à população historicamente excluída pelo Estado, que opta por uma engrenagem de negociações financeiras que somente obedecem aos interesses dos que já têm: dos ricos, das empresas, dos bancos. Assim, os direitos à saúde, moradia, transporte, trabalho, informação e vida digna ficam comprometidos e aumenta a desigualdade social no país. Sendo assim, o Grito é um processo que não começa e nem termina no dia 7 de setembro. Ele é um espaço de articulação permanente para que movimentos sociais organizados se manifestem e cobrem direitos já assegurados em nossa Constituição Federal. (Fonte: Coordenação Nacional do Grito dos/ Excluídos/as)

Por Assessoria de Comunicação da Cáritas Regional Nordeste 3

Fotos: Allan Lustosa