De 17 a 27 de setembro de 2025, a Paróquia Santos Cosme e Damião, em Salvador, realizará o tradicional novenário e Festa em honra aos padroeiros, com o tema “Mártires e peregrinos da Esperança, modelos de vida cristã”. A programação conta com missas, momentos de oração e gestos de solidariedade, refletindo sobre a vivência da fé e a caridade.
As celebrações acontecem sempre às 19h, na Matriz (Liberdade), com exceção do domingo (21), quando os fiéis participam da novena às 18h e da Missa pelos enfermos às 15h. A abertura dos festejos (17 de setembro), será presidida pelo Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha. É importante destacar que, durante todos os dias da novena, acontecem Missas penitenciais às 6h.
A cada noite a comunidade é convidada a realizar gestos concretos, por meio da doação de macarrão, leite em pó, feijão, açúcar, arroz, farinha de mandioca, café, óleo, materiais de limpeza e de higiene pessoal. O ponto alto dos festejos acontecerá no dia 26 de setembro – data na qual a Igreja celebra a memória litúrgica dos santos Cosme e Damião -, com missas às 7h, às 11h30 e às 19h.
As homenagens serão encerradas no dia 27 de setembro (dia da festa popular), iniciando com a alvorada, às 5h30, seguida de Celebrações Eucarísticas durante todo o dia: às 6h, às 7h, às 8h30, às 10h, às 12h, às 15h e às 18h30 (Missa Solene de encerramento). A programação contará, ainda, com um momento de louvor, às 14h, e com uma procissão que sairá da Matriz, às 17h, e seguirá até o Largo da Lapinha, retornando pela estrada principal da Liberdade.
Os santos gêmeos
São Cosme e São Damião nasceram na cidade de Egéia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram gêmeos, filhos de família nobre. Sua mãe, Teodata, ensinou-lhes a fé cristã, e ensinou-lhes de tal forma, que Jesus Cristo passou a ser o centro de suas vidas. Os irmãos foram estudar na Síria, na época, um grande centro de estudos e formação. Lá, os gêmeos se especializaram nas ciências e na medicina. Tornaram-se médicos famosos pela competência, obtendo grandes sucessos nos tratamentos, como também na caridade para com os doentes.
Por causa da profunda formação cristã que tiveram, os irmãos, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo através do exercício da medicina. E faziam isso não de maneira impositiva ou constrangedora, mas, principalmente, através da caridade, do amor e da competência. Os santos não cobravam por seus serviços médicos, por esta razão espalhou-se a ideia de que os gêmeos não gostavam de dinheiro.
Na mesma época em que eles trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lançou uma grande perseguição contra os cristãos. E o local onde eles viviam era dominado pelos romanos. Por isso foram presos sob a acusação de feitiçaria e de espalharem uma seita proibida pelo imperador. No tribunal, foi exigido deles que renunciassem à fé em Jesus Cristo e começassem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, não renunciaram aos princípios do Evangelho e por isso foram duramente torturados.
Cosme e Damião foram condenados à morte por apedrejamento e flechadas, mas não morreram quando atingidos. Então, o magistrado ordenou que fossem queimados em praça pública. Executaram a sentença, mas o fogo não os atingiu. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do magistrado, os torturadores lhes cortaram as cabeças.
Os santos foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma Igreja dedicada a eles, construída pelo Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. Lá e em toda a Igreja, eles são venerados como santos mártires, ou seja, morreram por testemunharem sua fé em Jesus Cristo e não renegarem esta fé.