
A Catedral Basílica ficou lotada na manhã desta Quinta-feira Santa, dia 2 de abril. A Missa do Crisma e da Renovação das Promessas Sacerdotais foi presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, scj, e concelebrada pelos bispos auxiliares, Dom Gilson Andrade da Silva, Dom Marco Eugênio Galrão e Dom Estevam dos Santos Silva Filho, além dos padres e diáconos da Arquidiocese de Salvador.
Durante a Celebração Eucarística, Dom Murilo lembrou os sacerdotes e diáconos falecidos, especialmente do padre Francisco Carlos de Souza (falecido em 05 de outubro de 2014), do monsenhor Gilberto Sampaio Pithon (02 de fevereiro de 2015) e do diácono João Gonçalves Pereira Neto (27 de novembro de 2014). O Arcebispo falou ainda sobre a crescente onda de violência e os problemas que envolvem a cidade e o país. “É difícil entender como a vida pode ser tão pouco valorizada. Em nosso Brasil vemos, estarrecidos, como se difundiu a cultura do roubo”, pontuou.

Na homilia – neste dia em que a Igreja celebra, também, o Dia do Padre – Dom Murilo enfatizou o serviço desenvolvido pelos presbíteros. “Somos convidados a olhar para os sacerdotes. Eles conquistam as pessoas para Cristo porque são infatigáveis. Eles conquistam os jovens, estão sempre atentos às necessidades das suas ovelhas. Tais sacerdotes nos fazem lembrar São João Maria Vianney, um bom pastor”, disse.
“Esta Missa é muito importante porque ela nos remete à Unidade Eclesial. Nós celebramos a renovação do nosso sacerdócio. É uma celebração que se manifesta como visível a união dos padres com o seu pastor, o bispo”, disse o padre Denivaldo dos Santos, pároco de Nossa Senhora da Conceição, na Lapinha.
Assim como ele, o padre Ildelsonso Mesquita, sdb, também participou da Celebração com muita alegria. “Toda celebração é importante porque celebramos a Eucaristia, que é o centro. Hoje é a Missa da celebração da Eucaristia e vem trazer essa certeza de que Deus é o centro. Nós somos chamados por Ele para testemunhar esse amor, que é importante na vida das pessoas. Somos chamados a sermos luzes, partindo da luz maior que é o próprio Cristo”, afirmou.
Após a homilia aconteceu a renovação das promessas sacerdotais. Nesta celebração os padres renovam as promessas pronunciadas no dia da ordenação, sendo por isso também chamada Missa da Unidade, expressando a comunhão diocesana em torno do mistério pascal de Cristo. É um momento muito intenso de comunhão eclesial, de participação intensa das comunidades e de valorização dos sacramentos da vida da Igreja.
Em seguida, teve início o rito de bênção dos óleos. 36 litros de azeite de oliva foram levados ao altar, sendo 12 litros para cada óleo específico. Foram abençoados o óleo dos catecúmenos, que é usado no Batismo, e o óleo da Unção dos Enfermos. Já o óleo do Crisma foi consagrado para ser utilizado nas unções consacratórias dos seguintes sacramentos: depois da imersão nas águas do batismo, o batizado é ungido na fronte; na Confirmação é o símbolo principal da consagração, também na fronte; depois da Ordenação Episcopal, sobre a cabeça do novo bispo; depois da ordenação sacerdotal, na palma das mãos do neo-sacerdote. Também é usado em outros ritos consacratórios, como na dedicação de uma Igreja, na consagração de um altar, quando o Santo Crisma é espalhado sobre o altar e sobre as cruzes de consagração que são colocadas nas paredes laterais das igrejas dedicadas (consagradas).

Dom Murilo misturou ao óleo do Crisma bálsamo perfumado, que significa a plenitude do Espírito Santo. “Hoje é o dia em que é encerrada a Quaresma. A bênção dos óleos se faz para que sejam utilizados durante todo o ano. O óleo tem grande simbolismo; ele simboliza força e consagração”, afirmou o cônego Edson Baraúna.
Além dos sacerdotes, estiveram presentes religiosos e religiosas da Arquidiocese, leigos e representantes da sociedade civil. A programação da Semana Santa pode ser conferida aqui!
Fotos: André Machado

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