Com tema Vida em primeiro lugar e lema Que país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?,os soteropolitanos participam, no dia 7 de setembro, do 21º Grito dos Excluídos. O evento terá início às 8h, saindo da praça do Campo Grande em direção à praça Castro Alves.
Realizado desde 1995 – sempre na data que marca a Independência do Brasil–, o Grito dos Excluídos surgiu com o objetivo de aprofundar a Campanha da Fraternidade (CF) daquele ano, que tinha como lema Eras Tu, Senhor?e abordava o dever cristão de acolher as pessoas excluídas pela sociedade. Além da CF, o Grito buscava responder aos desafios apontados durante a 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era Brasil, alternativas e protagonistas.
O Grito é um espaço de exercício da cidadania, pacífico e organizado. Na ocasião, as pessoas são motivadas a ir às ruas para mostrar que não estão satisfeitas com a situação atual do país. Em Salvador, a atividade é organizada pela CáritasRegional Nordeste 3, Ação Social Arquidiocesana (ASA), Pastorais Sociais, movimentos e grupos que se interessam pela causa dos excluídos. “O Grito não é partidário, não tem dono, não é da Igreja, é da sociedade”, afirma Jaci Ribeiro, secretária da ASA.
Para Célio Maranhão, que participa desde o início, o Grito é um espaço aberto e democrático onde as pessoas podem se expressar. “O grito que queremos fazeré o grito de um país independente economicamente, de um país onde as instituições funcionem em defesa do povo. É o grito que vem dos hospitais, das prisões, da juventude das periferias e dos grandes centros urbanos que está sendo assassinada”, diz.


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